O método demonstrativo baseia-se no conhecimento técnico ou prático do formador e na sua competência para exemplificar uma determinada operação técnica ou prática que se deseja repetida e depois aprendida.
O formando deve realizá-la primeiro sob orientação e depois sozinho.
A natureza da informação recebida pelo formando é homomorfa da emitida pelo mestre. O formador emite um saber (demonstração dum teorema, ou mesmo o exemplo duma reunião-discussão) e só esse saber será recebido.
Se o formador emite um saber-fazer (virar uma peça ou uma conduta experimentada) é um saber-fazer que será recebido. Mas como não é suficiente explicar por palavras o que se pretende que se aprenda, é necessário mostrar.
É preciso simultaneamente explicar e mostrar, associar explicação, demonstração e até ilustração, é nisto que basicamente consiste o método demonstrativo.
Motivar o interessado e prepará-lo:
- Pô-lo à vontade;
- Definir o trabalho e saber que o formando já conhece;
- Requerer o seu interesse pelo trabalho (tarefa, posto de trabalho,…)
Apresentar o trabalho:
- explicar, mostrar, ilustrar, só uma fase importante de cada vez, numerando-as;
- a instrução tem de ser feita lentamente, salientando-se os pontos-chave.
Ordenar tentativas de execução:
- obter, através de repetições sucessivas, a realização correta da tarefa proposta.
Automatizar o formando na tarefa:
- o formando realiza a tarefa ou atividade sozinho, sabendo que pode solicitar ajuda ou esclarecimentos;
- o formador deve, nesta fase, solicitar perguntas ao formando, controlando o seu desempenho, mas intervindo cada vez menos.
A utilização deste método é por vezes indispensável em certas aprendizagens de carácter técnico.
Análise crítica ao método demonstrativo
Este método exige participação e responsabilização dos formandos. Permite complementaridade de outras técnicas e métodos pedagógicos.
![Como utilizar o método demonstrativo na formação.](https://formacao.fikaki.com/wp-content/uploads/2021/09/metodo-demonstrativo-min-1.webp)
A aprendizagem requer tempo elevado, não há muito controlo sobre o seu processo o que poderá levar o formando a conclusões erradas.
A sua principal exigência é a de grande flexibilidade por parte do formador na aplicação das técnicas pedagógicas e na análise dos seus conhecimentos e ainda uma elevada competência de comunicação.
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