Método Demonstrativo

O método demonstrativo baseia-se no conhecimento técnico ou prático do formador e na sua competência para exemplificar uma determinada operação técnica ou prática que se deseja repetida e depois aprendida.

O formando deve realizá-la primeiro sob orientação e depois sozinho.

A natureza da informação recebida pelo formando é homomorfa da emitida pelo mestre. O formador emite um saber (demonstração dum teorema, ou mesmo o exemplo duma reunião-discussão) e só esse saber será recebido.

Se o formador emite um saber-fazer (virar uma peça ou uma conduta experimentada) é um saber-fazer que será recebido. Mas como não é suficiente explicar por palavras o que se pretende que se aprenda, é necessário mostrar.

É preciso simultaneamente explicar e mostrar, associar explicação, demonstração e até ilustração, é nisto que basicamente consiste o método demonstrativo.

Motivar o interessado e prepará-lo:

  • Pô-lo à vontade;
  • Definir o trabalho e saber que o formando já conhece;
  • Requerer o seu interesse pelo trabalho (tarefa, posto de trabalho,…)

Apresentar o trabalho:

  • explicar, mostrar, ilustrar, só uma fase importante de cada vez, numerando-as;
  • a instrução tem de ser feita lentamente, salientando-se os pontos-chave.

Ordenar tentativas de execução:

  • obter, através de repetições sucessivas, a realização correta da tarefa proposta.

Automatizar o formando na tarefa:

  • o formando realiza a tarefa ou atividade sozinho, sabendo que pode solicitar ajuda ou esclarecimentos;
  • o formador deve, nesta fase, solicitar perguntas ao formando, controlando o seu desempenho, mas intervindo cada vez menos.

A utilização deste método é por vezes indispensável em certas aprendizagens de carácter técnico.

Análise crítica ao método demonstrativo

Este método exige participação e responsabilização dos formandos. Permite complementaridade de outras técnicas e métodos pedagógicos.

Como utilizar o método demonstrativo na formação.

A aprendizagem requer tempo elevado, não há muito controlo sobre o seu processo o que poderá levar o formando a conclusões erradas.

A sua principal exigência é a de grande flexibilidade por parte do formador na aplicação das técnicas pedagógicas e na análise dos seus conhecimentos e ainda uma elevada competência de comunicação.

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